Pedidos de recuperação judicial crescem 64% em fevereiro, mostra Serasa

Segundo o levantamento, a alta foi puxada por micro e pequenas empresas, que registraram 59 pedidos Freepik
Segundo o levantamento, a alta foi puxada por micro e pequenas empresas, que registraram 59 pedidos Freepik

Micro e pequenas empresas foram as mais afetadas em cenário de juros elevados e inadimplência.

Os pedidos de recuperação judicial no Brasil foram a 169 em fevereiro, alta de 64,1% ante o mesmo período do ano passado, segundo estudo exclusivo para a CNN da Serasa Experian.

Em comparação com janeiro, o avanço foi de 13,4%.

Segundo o levantamento, a alta foi puxada por micro e pequenas empresas, que registraram 59 pedidos. Companhias médias e grandes protocolaram 35 e 9 requisições, respectivamente.

A Serasa ainda mostra que o setor de serviços foi o mais impactado, seguindo o resultado do mês anterior, com 66 pedidos em fevereiro, o dobro em comparação ao mesmo período do ano passado.

Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, explica que os juros elevados e a inadimplência das empresas e dos consumidores são os fatores que levaram ao aumento das recuperações judiciais.

Em janeiro foram registradas 6,7 milhões de CNPJs no vermelho no Brasil, somando R$ 127,8 bilhões, indicou a Serasa.

“Apesar de estarmos vivenciando uma melhora com queda nas taxas de juros e na inflação, primeiro precisamos ter uma redução da inadimplência para depois presenciarmos uma queda no número de pedidos de recuperações judiciais”, pontua, ressaltando que a situação deve melhorar apenas a partir do segundo semetre.

A situação, porém, só deve apresentar melhor a partir do segundo semestre,

Pedidos de falência

Os pedidos de falência, por outro lado, apresentaram ligeira queda de 7% em fevereiro, na base anual. Neste ano foram 80 registros, contra 86 em 2023.

Já na comparação mensal, houve uma redução da aceleração, mas ainda com alta de 15,9% ante janeiro.

O ranking também foi liderado pelas micro e pequenas empresas, que registraram 44 de solicitações.

Fonte: CNN Brasil * Por: Marien Ramos Sob supervisão de Gabriel Bosa

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