Ovo de Páscoa está 10,33% mais caro em 2024, mas não é item feito de chocolate que mais subiu

Fotos: Reprodução / Divulgação
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Por outro lado, outro item tradicional, o bacalhau registrou queda de 2,97% nos preços, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Os chocolates são os itens que mais pesam no encarecimento dos produtos nesta Páscoa.

Segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os tradicionais ovos de Páscoa ficaram 10,33% mais caros este ano.

Ainda assim, ocupam a segunda posição entre os produtos que mais encareceram. O topo é ocupado pelos bombons, que tiveram alta de 11,14% ante 2023.

Por outro lado, outro item tradicional, o bacalhau registrou queda de 2,97% nos preços. Geralmente, a sazonalidade deste peixe faz com que ele acumule alta no período. Contudo, o comportamento do consumidor mudou esse ano.

“O aumento generalizado de preços de alimentos nesse começo de ano, em função dos fatores climáticos, afetou o poder de compra do consumidor. Considerando que o bacalhau é um peixe ‘nobre’, pode estar havendo uma substituição para outros peixes mais baratos, segurando assim um pouco esses aumentos”, explica Guilherme Moreira, coordenador do índice IPC-Fipe.

Clima e cacau

Desde outubro de 2023, os preços do cacau iniciaram uma trajetória de alta que vem alarmando o mercado de chocolates.

O fruto abriu o ano negociado a US$ 4.162 a tonelada, em um momento no qual os preços pareciam esfriar. Na última segunda-feira (25), os futuros do cacau encerraram cotados em US$ 9.649 — alta de 231%.

Os fenômenos climáticos “La Niña” e “El Niño” afetaram o ciclo de chuvas que, por sua vez, impactou a produtividade dos cacaueiros nos dois principais países produtores do mundo: Costa do Marfim e Gana.

E apesar de parecerem distantes, os efeitos do clima nos dois países africanos chegou aos chocolates do Brasil.

De acordo com as últimas informações noticiadas pela CNN Brasil, além dos preços ao consumidor apurados pela Fipe, os ovos de Páscoa ficaram até 18% mais caros para fornecedores, perdendo lugar para chocolates menores e mais baratos.

Para lidar com a alta, empresas como a Ferrero, Mondelez e Dengo vêm adotando estratégias para adaptar seus negócios e conseguir ampliar as vendas no feriado mesmo com a os preços maiores.

*Sob supervisão de Ligia Tuon

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