O Valor Bruto da Produção (VBP) da agricultura está estimado em R$ 41,8 bilhões para 2024
Em meio aos campos férteis de Mato Grosso do Sul, uma narrativa de mudança está se desdobrando, pintando um quadro vibrante de diversidade agrícola. A ascensão de culturas como amendoim, mandioca, arroz e feijão está redesenhando não apenas o horizonte rural, mas também os contornos da economia agrícola do estado.
Dados recentes da Carta de Conjuntura da Agropecuária, elaborada pela Semadesc, revelam uma história de sucesso para esses cultivos emergentes. O amendoim, por exemplo, testemunhou um salto espetacular, com um aumento de mais de 73% na área plantada e um impressionante crescimento de 115,6% na produção, elevando a produção para 44.041 toneladas neste ano agrícola.
Essa mudança não é apenas uma questão de números, mas sim uma evolução fundamental na estrutura agrícola do estado. A diversificação de culturas não apenas fortalece a segurança alimentar, mas também promove a sustentabilidade agrícola, reduzindo a dependência de monoculturas suscetíveis a pragas e condições climáticas adversas.
No entanto, enquanto alguns cultivos florescem, outros enfrentam ventos contrários. A soja e o milho, pilares tradicionais da agricultura sul-mato-grossense, enfrentam desafios decorrentes de atrasos no plantio e condições climáticas desfavoráveis, resultando em quedas expressivas na produção.
Jaime Verruck, secretário de Estado, destaca a importância dessa transformação agrícola. “O crescimento da área plantada de produtos como algodão e mandioca é um reflexo do nosso compromisso com a diversificação e inovação na agricultura”, afirma Verruck.
Apesar dos desafios, as oportunidades são abundantes. A pecuária, por exemplo, continua a ser um pilar sólido da economia agrícola, com aumentos estáveis no número de cabeças de gado e suínos. Além disso, segmentos como o ‘Bicho da Seda’ estão experimentando um crescimento surpreendente, indicando novas fronteiras a explorar no setor agropecuário.
Entretanto, nem tudo são flores. Os preços baixos, impulsionados pela oferta global excedente, representam um desafio significativo para a rentabilidade dos agricultores. Além disso, eventos climáticos extremos, como o El Niño, continuam a exercer pressão sobre a produção agrícola, exigindo resiliência e adaptação por parte dos produtores.
Apesar dos desafios, o setor agrícola de Mato Grosso do Sul está posicionado para prosperar. O Valor Bruto da Produção (VBP) da Agricultura, estimado em R$ 41,8 bilhões para 2024, reflete a resiliência e a determinação dos agricultores locais em enfrentar os desafios e capitalizar as oportunidades.
Em última análise, a transformação agrícola em Mato Grosso do Sul é uma história de inovação, resiliência e adaptação. À medida que o estado se diversifica e abraça novas culturas, está construindo um futuro mais sustentável e próspero para sua agricultura e economia como um todo.
Por: Sergio Quevêdo Filho – Mato Grosso do Sul-Notícias * com informações da Semadesc