Arrecadação federal tem novo recorde e atinge R$ 190,6 bilhões em março

Reais/Dinheiro - Foto: Daniel Dan/Pexels
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Segundo o Fisco, é o melhor desempenho arrecadatório da série histórica iniciada em 1995, tanto para o mês de março quanto para o trimestre

A arrecadação federal chegou a R$ 190,6 bilhões em março deste ano, informou a Receita Federal nesta terça-feira (23), um acréscimo real (descontada a alta da inflação no período) de 7,22% em relação a março de 2023.

No período acumulado de janeiro a março de 2024, a arrecadação alcançou o valor de R$ 657,7 bilhões, representando um acréscimo pelo IPCA (inflação) de 8,36%.

Segundo o Fisco, se trata do melhor desempenho arrecadatório da série histórica iniciada em 1995, tanto para o mês de março quanto para o trimestre.

De acordo com a Receita, o número de março pode ser explicado em especial pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, que totalizaram uma arrecadação de R$ 40,9 bilhões, representando crescimento real de 20,63%, principalmente pelo óleo diesel e gasolina, e pela tributação dos fundos exclusivos no valor de R$ 3,4 bilhões – esta foi a última parcela contabilizada dos valores parcelados.

A Receita Previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 53 bilhões, com crescimento real de 8,40%. Esse resultado se deve ao crescimento real de 7,90% da massa salarial.

Além disso, houve crescimento de 11% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em relação a março de 2023.

Conforme as últimas informações noticiadas pela CNN Brasil, de acordo com o chefe do centro de estudos tributários e aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, com indicadores trimestrais também apresentam crescimento “satisfatório” com relação ao ano anterior. Os destaques vão para Produção industrial, vendas de bens e serviços, crescimento da massa salarial, importações e notas fiscais eletrônicas.

Fundos exclusivos e offshores

Malaquias também reforçou que o cálculo da estimativa de ganho com os fundos exclusivos foi efetuado pelo Banco Central no ano passado, e é o que consta na Lei Orçamentária Anual (LOA), mas que o valor que entrou em caixa se mostrou superior ao estimado.

Pelos cálculos do BC em 2023, o ganho projetado era de R$ 13 bilhões, mas o valor realizado foi mais foi maior que a projeção, este ano, em torno de R$ 11 bilhões, mais R$ 4 bilhões do ano passado, totalizando, até o momento R$ 15 bilhões recolhidos.

Malaquias também esclareceu que em junho entram os “come-cotas” em pouco mais de R$ 1 bilhão e os valores relacionados à tributação de offshores, começam a chegar em maio. Mas, segundo ele, ainda não é possível estimar de quanto será. Apenas há os valores também estimados pelo BC disponíveis na LOA.

Edição: Cristiane Noberto

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