Em uma movimentação significativa para aprimorar a segurança e a organização, o Presídio de Trânsito (Ptran), em Mato Grosso do Sul, implementou neste mês a padronização dos uniformes dos internos, uma medida que faz parte de um amplo projeto da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para estender essa prática a todos os estabelecimentos prisionais do estado.
Os uniformes, que são de cor laranja para os internos, têm como objetivo facilitar a identificação e aumentar a segurança, reduzindo as chances de confusão e incidentes no presídio. Além disso, há uma diferenciação estratégica na cor dos uniformes para aqueles internos envolvidos em trabalhos de apoio à administração, que usam vestimenta azul durante o período laboral.
Um aspecto inovador da implementação é a criação de uma oficina de costura dentro do próprio presídio, que foi equipada para permitir que os próprios custodiados se envolvam na produção dos uniformes. A direção do Ptran, liderada por Pedro Paulo Prieto, viu nessa medida uma dupla oportunidade: garantir um fornecimento contínuo e eficiente de uniformes e, ao mesmo tempo, oferecer uma formação profissional aos internos.
A Penitenciária Gameleira II foi a responsável pela entrega inicial de 500 uniformes ao Presídio de Trânsito, mas com a oficina de costura operando, espera-se que a produção se torne uma atividade contínua e autossustentável. Esta iniciativa não apenas contribui para a organização e segurança da unidade, mas também promove a reintegração social dos internos, fornecendo-lhes habilidades práticas que podem ser úteis após o cumprimento de suas penas.
O projeto tem recebido apoio e reconhecimento por parte de autoridades e especialistas em gestão penitenciária, que destacam a importância de políticas que contribuam para a reabilitação e redução da reincidência criminal.
Essa abordagem do Ptran serve como modelo para outras unidades do estado, mostrando que a segurança pode ser efetivamente aliada ao desenvolvimento pessoal e profissional dos internos, gerando um impacto positivo que vai além dos muros dos presídios.
Por Redação MSN * com informações da Agepen/MS