Equipe da UFMS participa de segunda etapa de testes das urnas eletrônicas

© Abdias Pinheiro/SECOM/TSE
© Abdias Pinheiro/SECOM/TSE

A etapa de confirmação da 7ª edição do Teste Público de Segurança da Urna, realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 15 e 17 de maio, teve a participação de investigadores da UFMS e da Polícia Federal. Os grupos participantes obtiveram achados na primeira fase em dezembro de 2023 e agora retornaram a Brasília (DF) para a verificação das correções implementadas.

A equipe da Universidade é composta pelo professor da Faculdade de Computação (Facom), Carlos Alberto da Silva; pelos egressos dos cursos de Sistemas de Informação, Matheus Vianna Silveira, e de Ciência da Computação, Ian Martinez Zimmerman; e pelo estudante de doutorado em Ciência da Computação, Mário de Araújo Carvalho.

Foto: Arquivo de Carlos Alberto da Silva

“É a nossa contribuição para melhorar o software que será usado na próxima eleição agora em outubro de 2024, para a escolha de vereadores e prefeitos. Este é um teste prático no qual colocamos em execução nossos conhecimentos em segurança da computação. Basicamente fizemos um plano de testes, aplicamos e tivemos dois achados e agora fomos chamados a voltar e verificar se eles foram eliminados”, explicou o docente.

O Teste Público de Segurança da Urna é realizado sempre no ano anterior ao do processo eleitoral e é aberto a contribuições de todo o país. Conforme divulgado pelo TSE, na primeira fase realizada no ano passado, 33 investigadores executaram 35 planos. Nenhum dos especialistas conseguiu comprometer a integridade e o sigilo do voto, porém, mesmo assim, a comissão avaliadora recomendou a repetição de cinco planos de testes executados: três da Polícia Federal e dois da UFMS. “Isso é muito importante para mostrar que aqui formamos bons profissionais e produzimos também coisas interessantes”, destacou o professor.

Enquanto o primeiro teste da equipe da Universidade sugeriu uma análise mais abrangente no sistema de controle de acesso envolvendo a linguagem de programação Python no software JE-Connect, o segundo tratou do SIS e dos privilégios de aplicativos executados para que não seja possível editá-los.

Para Carlos Alberto, além da aplicação prática de teorias, os estudantes têm a oportunidade de fazer intercâmbio com investigadores com as mais variadas formações. “Tivemos aqui advogados, contadores, entre outros, então acabamos conhecendo novas pessoas e novos grupos de pesquisa”, apontou.

O estudante de doutorado, Mário de Araújo Carvalho, indicou que a experiência tem sido maravilhosa. “Além de estarmos representando a UFMS, estamos dando uma resposta à comunidade sobre a seriedade do nosso trabalho e pesquisa, afinal a Universidade é pública”, afirma. “Participar dos testes das urnas eletrônicas nos permite aplicar nossos conhecimentos de segurança da informação em um contexto real e de extrema relevância para a democracia. Além disso, contribui para a transparência e a segurança do processo eleitoral, fortalecendo a confiança pública nas instituições”.

“É minha primeira participação nos testes de segurança da urna e tem sido enriquecedora profissionalmente, agregou muito aos conhecimentos que obtive na UFMS. Colocá-los em prática diretamente em um sistema moderno e seguro como o do TSE e encontrar uma fragilidade é uma ação que irá ajudar a todos os brasileiros”, destacou o egresso Matheus Vianna Silveira.

A etapa de confirmação do 7º Teste Público de Segurança da Urna foi transmitida por meio do canal do TSE.

Fonte: UFMS – Por: Ariane Comineti – com informações do TSE – Foto interna: Arquivo de Carlos Alberto da Silva

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