A Penitenciária de Dois Irmãos do Buriti está passando por uma significativa ampliação que aumentará sua capacidade em mais de 78%. As novas instalações incluem celas feitas com concreto armado e cimento usinado, um material que proporciona maior segurança ao dificultar fugas e a abertura de buracos nas paredes.
Medidas de segurança e infraestrutura
Além das novas celas, a obra envolve a implementação de um módulo polivalente, que será utilizado para diversas atividades, como cerimônias, cultos religiosos, atividades culturais e educativas, eventos esportivos, e visitas familiares. Esse módulo será separado do solário do pavilhão, com áreas específicas para visitas íntimas, garantindo um ambiente adequado e seguro para todas essas funções.
As oficinas de trabalho também estão sendo ampliadas para oferecer mais oportunidades de capacitação aos detentos. Um abrigo para visitantes será construído na área externa da unidade, com capacidade para 180 lugares, e novos alojamentos, tanto feminino quanto masculino, serão destinados aos policiais penais.
O setor de saúde da penitenciária passará por adequações, e duas novas salas de aula serão construídas, melhorando as condições para a educação e o atendimento médico dos presos.
Projeto “Gestão Presente”
Na última semana, autoridades da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) visitaram o local como parte do Projeto “Gestão Presente”. Este projeto visa identificar e atender as necessidades das unidades prisionais em todo o estado. A visita contou com a presença de importantes figuras, como o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini; o secretário-executivo de Justiça da Sejusp, Rafael Garcia Ribeira; o diretor de Operações, Flávio Rodrigues; e o coordenador de supervisão penitenciária da Sejusp, Rodrigo Morel. Eles foram acompanhados pelo diretor do presídio, Reginaldo Francisco Regis, que detalhou o andamento das obras.
Mão de obra prisional
Um aspecto desta ampliação é a utilização de mão de obra prisional na construção. Um total de 46 detentos está trabalhando nas obras, recebendo ¾ do salário mínimo e remição de um dia na pena a cada três dias de trabalho, conforme a Lei de Execução Penal.
A supervisão técnica é realizada pela empresa vencedora da licitação, com acompanhamento dos técnicos da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). Esta iniciativa não só contribui para a ressocialização dos presos como também reduz os custos da obra.
Expansão planejada
Além da expansão em Dois Irmãos do Buriti, a Agepen planeja a criação de 136 novas vagas no Presídio de Trânsito de Campo Grande, que ainda está em fase de projeto e resolução de demandas burocráticas. Há também planos para a construção de quatro novas unidades prisionais: três em Campo Grande e uma no interior do estado, que, juntas, criarão 1.600 vagas e terão um investimento aproximado de R$ 60 milhões.
Edição: Sergio Quevêdo Filho * com informações da AGEPEN/MS – Fotos: Divulgação AGEPEN
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