BCs dos EUA, Japão e Brasil divulgam taxas nesta quarta-feira (31)
O Ibovespa segue em queda e o dólar opera em alta frente ao real nesta nesta terça-feira (30), com mercados em todo o mundo à espera de decisões sobre os juros nos Estados Unidos, Japão e Brasil, que serão publicadas na quarta-feira (31).
O desempenho da bolsa brasileira também é prejudicado pelo declínio do minério de ferro e do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros repercutiam um noticiário corporativo intenso, incluindo dados de produção da Petrobras e os resultados de Klabin, CCR e Telefônica Brasil.
Por volta das 14h19, o principal índice do mercado doméstico perdia 0,65%, na faixa dos 126 mil pontos, com pressão negativa da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).
Na mesma hora, o dólar se fortalecia ante o real, com avanço próximo de 0,43%, negociado ao redor de R$ 5,63.
Expectativa com juros
As atenções dos investidores estão nas reuniões de autoridades monetárias. Nos Estados Unidos, a expectativa é que o Federal Reserve (Fed) mantenha as taxas entre a banda de 5,25% – 5% pela última vez e dê sinais de cortes a partir de setembro.
Os juros norte-americanos estão no patamar mais alto em mais de duas décadas na luta da autoridade monetária em trazer a inflação de volta à meta de 2%.
Já no Brasil, as apostas estão também na manutenção da Selic no patamar de 10,5% em meio ao aumento das expectativas da inflação pelo mercado financeiro.
Nesta segunda (29), analistas consultados pelo Boletim Focus voltaram a ver o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais pressionado em 2024, na casa de 4,1%, ante expectativa de 4,05% na semana anterior.
Para 2025, a previsão agora é de uma alta de 3,96%, ante 3,9% no documento anterior.
O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Cortes no Orçamento
De acordo com as últimas informações noticiadas pela CNN Brasil, no noticiário doméstico, o governo federal deve publicar no fim da tarde desta terça os detalhes do congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento para cumprir a meta fiscal de 2024.
O montante já havia sido confirmado pelo Executivo nas últimas semanas em meio a desconfiança de parte do mercado sobre se o valor anunciado será o suficiente para manter o compromisso com as contas públicas.
Mais cedo, ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que todos os ministérios “darão a contribuição”.
“O recurso para o Rio Grande do Sul está destacado. O que posso adiantar é que todos os ministérios darão alguma contribuição para somar esses R$ 15 bilhões”, afirmou o ministro em entrevista à Rádio Gaúcha.
*Com Reuters