Ibovespa supera 131 mil pontos e dólar recua com expectativa por dados da inflação nos EUA

Nesta segunda-feira (12), o Ibovespa registrou sua primeira alta acima dos 131 mil pontos desde fevereiro, enquanto o dólar caiu abaixo de R$ 5,50. O mercado global está ansioso pela divulgação dos novos dados de inflação dos Estados Unidos, que será crucial para as decisões econômicas futuras.

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) subiu 0,38%, fechando em 131.115 pontos, impulsionado principalmente pela valorização da Petrobras, cujas ações preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3) avançaram 2,27% e 2,79%, respectivamente. Essa alta foi reflexo da disparada do preço do petróleo no mercado internacional.

Por outro lado, a Azul (AZUL4) enfrentou uma queda acentuada de quase 12% após a divulgação de resultados do segundo trimestre que indicaram um prejuízo de R$ 744 milhões. Essa foi a primeira vez desde fevereiro que o Ibovespa encerrou uma sessão acima dos 131 mil pontos.

O dólar também teve uma performance notável, caindo 0,3% em relação ao real, fechando em R$ 5,498. Essa foi a quinta sessão consecutiva de desvalorização da moeda americana, refletindo um cenário internacional de incerteza.

Cenário doméstico: olho nas falas do governo

No Brasil, o mercado financeiro seguiu atentamente as declarações de figuras chave do governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que alguns detalhes ainda estão sendo discutidos na regulamentação da reforma tributária. Embora o texto tenha avançado na Câmara dos Deputados, há resistência no Senado, especialmente em relação à Zona Franca de Manaus.

Conforme noticiado pela Reuters, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, destacou em um evento no Rio de Janeiro que o objetivo de controlar a inflação permanece firme, independentemente de quem estiver na liderança do Banco Central. Sua fala reforça a possibilidade de novos aumentos na taxa de juros, caso a inflação não se estabilize.

Expectativa internacional: dados de Inflação dos EUA

No cenário internacional, o foco está nos dados de inflação dos EUA, com o índice de preços ao consumidor (CPI) de julho sendo aguardado para esta quarta-feira (14). Economistas preveem uma leve aceleração de 0,2% na base mensal, contrastando com a queda de 0,1% observada no mês anterior. Esse dado será crucial para entender a direção futura da política monetária do Federal Reserve (Fed).

Investidores ainda esperam pela divulgação dos preços ao produtor nos EUA, que será monitorado na terça-feira (13), embora sua influência nas negociações seja menor. A expectativa é de que o Fed reduza as taxas de juros em sua próxima reunião, mas o tamanho dessa redução ainda é incerto, com apostas divididas entre um corte de 25 ou 50 pontos-base.

Impacto Global: Flutuações do Dólar e Iene

Qualquer redução nas taxas de juros pelo Fed pode enfraquecer ainda mais o dólar, tornando-o menos atraente e incentivando o apetite por risco em mercados emergentes, como o Brasil. Além disso, as recentes oscilações do iene japonês têm gerado volatilidade global, sendo um ponto de atenção para os investidores.

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