Crescimento de empregos formais em 2023 foi puxado por pessoas acima de 40 anos

A Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2023 indica que pessoas acima de 40 anos compõem os três segmentos em que o emprego formal cresceu, na comparação com 2022.  O relatório completo da Rais foi divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Como um todo, o número de empregos celetistas ou estatutários no dia 31 de dezembro do ano passado era de 44 milhões e 469 mil, o que representou um crescimento de 3,5% frente ao mesmo período do ano anterior, ou 1 milhão e 511 mil novos empregos formais.

As três faixas que concentraram o aumento de vagas preenchidas foram as de 40 a 49 anos, com crescimento de 0,5 pontos percentuais (p.p.), de 50 a 59 anos, com variação positiva de 0,4 p.p., e a de 60 anos ou mais, com 0,3 p.p. As demais tiveram pequenas oscilações para baixo. Segundo o Censo 2022, a população entre 40 anos e 69 anos representa 35,3% dos brasileiros.

Setores e salário médio – Entre outros dados relativos a 2023, destaca-se o avanço da indústria, cujo estoque de emprego em 2023 foi 1,4% maior (mais 121,3 mil vagas) e onde se pagaram os maiores salários médios, no valor de R$ 4.181, um crescimento de 4,4% na comparação com o ano anterior.

O salário médio de todos os setores de atividade em 2023 foi de R$ 3,514, variação de 3,6% na comparação com os R$ 3.390 registrados no ano anterior.

Em termos absolutos, o setor de serviços foi o maior empregador, com acréscimo de 962,8 mil novos postos de trabalho, crescimento de 4,8%.

Em termos percentuais, os maiores incrementos se deram na construção, com 6,8%, seguido de perto pelo setor de “Outros Serviços”, que inclui os segmentos de artes, cultura e esportes, com 6,5%.

Este relatório mais recente da Rais excluiu temporariamente trabalhadores contratados em regime jurídico especial no setor público das três esferas. O MTE adiantou a publicação dos dados do setor privado para poder consolidar o 2º Relatório Nacional de Igualdade Salarial, a ser divulgado em breve. A pesquisa de igualdade salarial entre homens e mulheres depende dos dados da Rais sobre o setor privado para ser concluída.

A Rais é preenchida e entregue ao Governo Federal por empresas e instituições que têm em seus quadros celetistas, estatutários e trabalhadores avulsos, temporários, aprendizes e contratados por prazos determinados e indeterminados. Portanto, não representa a totalidade dos empregos existentes, não contabilizando informais e os que trabalham por conta própria, por exemplo. Desde 2019, o preenchimento e envio dos dados para a Rais é feito digitalmente, pelo eSocial.

Fonte: Agência Gov / Foto: Sue Styles/Pixabay

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