Dólar cai a R$ 6,03 e bolsa recupera 123 mil pontos após decretos de Trump

Dólar americano Javier Ghersi / Getty Images
Dólar americano Javier Ghersi / Getty Images

Investidores continuam digerindo planos anunciados pelo presidente dos Estados Unidos em seu primeiro dia no cargo

dólar fechou as negociações desta terça-feira (21) em baixa, com mercados digerindo as primeiras ações de Donald Trump à frente da Casa Branca, e também acompanhando a reabertura das bolsas em Nova York na volta do feriado de Martin Luther King.

O republicano assinou uma série de decretos sobre os mais diversos temas, incluindo controle da imigração e exploração de petróleo, deixando suas promessas tarifárias de fora da primeira leva de anúncios.

Na pauta doméstica, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou na véspera uma lista de 25 prioridades da agenda econômica do governo para 2025 e 2026.

A moeda norte-americana registrou uma queda de 0,18%, cotada a R$ 6,0313 na venda. Mais cedo, a divisa chegou a bater R$ 6,606 na máxima. Já o Ibovespa fechou com ganhos de 0,39%, a 123.338,34 pontos.

Trump anuncia primeiras medidas

A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos traz preocupações para a economia mundial, especialmente em relação à política comercial que será adotada.

O republicano sinalizou durante sua posse que pretende estabelecer tarifas e impostos sobre outros países, com o objetivo de “enriquecer os cidadãos americanos”.

As respostas de autoridades globais aos planos de Trump foram várias, com grande parte delas ocorrendo no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que também estava no radar dos mercados globais nesta terça.

Em um dos discursos no encontro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a União Europeia deseja se envolver e negociar com Trump, mas alertou sobre o risco de uma “corrida global para o abismo” devido ao uso de ferramentas como tarifas.

Em seu primeiro dia na presidência dos Estados Unidos, Donald Trump disse que acredita que aplicará novas tarifas ao Canadá e ao México em 1º de fevereiro.

Trump disse a repórteres no Salão Oval que estava pensando em tarifas de 25% sobre as importações dos vizinhos norte-americanos dos Estados Unidos.

Isso equivale a um adiamento de aproximadamente uma semana das tarifas que ele prometeu impor em seu primeiro dia no cargo.

De acordo com as última informaçõe anunciada pela CNN Brasil, questionado sobre tarifas sobre a China, Trump destacou que as taxas que ele impôs como presidente na primeira vez ainda estavam em vigor.

O republicano ainda assinou uma ordem executiva revogando os esforços do ex-presidente Joe Biden para bloquear a perfuração de petróleo no Ártico e em grandes áreas da costa dos EUA, de acordo com a Casa Branca.

Fazenda elenca prioridades

Também na véspera, Haddad apresentou durante a reunião ministerial uma série de medidas para a área economia neste e no próximo ano.

Entre as apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estão a regulamentação da reforma tributária e a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

A expectativa do governo é de que o projeto da reforma da renda seja enviado ao Congresso Nacional em 2025 para que seja implementado a partir de 2026.

*Com Reuters e CNN Internacional

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