Rota Bioceânica: Brasil, Argentina, Chile e Paraguai se reúnem em MS para discutir integração e desenvolvimento

Autoridades regionais brasileiras, argentinas, chilenas e paraguaias se encontram em Campo Grande entre os dias 18 e 20 de fevereiro para discutir as diversas demandas e oportunidades que advirão da Rota Bioceânica, projeto que já é tratado por especialistas em logística como o ‘Canal do Panamá brasileiro’, sendo um trampolim para o desenvolvimento e integração regional.

Reunidos para o Seminário Internacional da Rota Bioceânica e para o 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico, os participantes debaterão questões aduaneiras, de infraestrutura, segurança, logística, oportunidades de negócios de comércio exterior e internacional, além do turismo e outras esferas socioeconômicas.

O palco do evento, organizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e com apoio da Fiems e Sebrae-MS, será o Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes.

Além das autoridades, o evento é aberto para empresários e demais integrantes da sociedade civil interessados no assunto, que podem já conferir a programação completa e realizar as inscrições, de forma gratuita, pelo site www.seminariointernacionalbioceanica.ms.gov.br.

“Vamos discutir questões extremamente relevantes. Cada um dos países tem um papel importante para que a gente tenha no prazo de dois anos a consolidação de toda a infraestrutura. Nós vamos discutir toda a situação das alfândegas, que é uma questão crucial para a competitividade da Rota. E mais importante, discutir o desenvolvimento econômico das regiões afetadas pelo Corredor Bioceânico”, comenta o secretário Jaime Verruck, titular da Semadesc.

A programação do evento visa fomentar a Rota e seus respectivos benefícios, como a integração regional entre Brasil, Argentina, Chile e Paraguai. Painéis, reuniões técnicas e culturais envolvendo autoridades governamentais, empresários e especialistas de diversas áreas serão realizados.

No primeiro dia, 18 de fevereiro, além da abertura oficial com apresentação cultural e hasteamento das bandeiras dos países participantes, haverá reunião dos prefeitos do Corredor Bioceânico e Sessão de Negócios, com tradução simultânea.

Em seguida, no dia 19 de fevereiro, serão realizados painéis temáticos sobre setor privado, infraestrutura, tecnologia e inovação, alfândega e impacto social, além de reunião dos governadores, com apresentação da estrutura do Plan Maestro e assinatura de termos de cooperação.

Já no último dia, 20 de fevereiro, serão apresentadas as atas das oito comissões técnicas do 6º Foro e divulgada a “Carta de Campo Grande”, documento que consolidará os principais encaminhamentos do evento.

“A ideia é discutir mercado, discutir competitividade e desenvolvimento local. O Corredor Bioceânico é um grande projeto nacional que impacta não somente a Mato Grosso do Sul. Ele é importante para o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Nós estamos redesenhando a geopolítica internacional de ligação entre o Atlântico e o Pacífico e olhando para os mercados asiáticos”, frisa Verruck.

O trajeto rodoviário de 3.250 km que vai conectar os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por oito territórios de quatro países (regiões de Tarapacá e Antofagasta, no Chile; províncias de Jujuy e Salta, na Argentina; departamentos de Boquerón, Presidente Hayes e Alto Paraguay, no Paraguai; e o Estado de Mato Grosso do Sul, no Brasil), até chegar aos portos chilenos de Iquique, Antofagasta, Mejillones e Terminais Tocopilla.

O seminário contará com infraestrutura para reuniões das comissões técnicas, estandes para exposição dos países envolvidos e apresentações culturais. A transmissão será realizada ao vivo pela TV Educativa (canal 4.1 em sinal aberto e canais 15 e 515 na ClaroTV).

Fonte: Semadesc – Por: Marcelo Armôa – Foto de capa: Arquivo/Secom – Internas 1 e 2: Álvaro Rezende

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