Comunidades Indígenas de Nioaque avançam na construção do turismo de base comunitária com engajamento e protagonismo

O turismo de base comunitária está se consolidando como uma ferramenta poderosa para o fortalecimento das comunidades indígenas em Mato Grosso do Sul. Em Nioaque, onde o projeto de etnoturismo está em plena fase de estruturação, o engajamento das aldeias Água Branca, Cabeceira, Taboquinha e Brejão tem demonstrado um compromisso exemplar com o desenvolvimento sustentável e a valorização cultural. Esse modelo de turismo, além de respeitar as tradições e o território indígena, é um caminho para geração de renda, fortalecimento da identidade cultural e autonomia das comunidades envolvidas.

O trabalho, que segue as diretrizes da Instrução Normativa nº 03/2015 da Funai, está sendo realizado com total alinhamento aos princípios que garantem a participação ativa das comunidades na construção do Plano de Visitação. Esse processo participativo tem sido fundamental para garantir que todas as decisões sejam tomadas de forma coletiva, respeitando os saberes ancestrais e promovendo uma atividade turística que seja autêntica e sustentável.

A Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (FundturMS) acompanha de perto cada etapa do projeto, com o entusiasmo e a visão estratégica de Bolivar Porto, que está pessoalmente envolvido no acompanhamento das ações. Para ele, o crescimento do envolvimento comunitário é um dos grandes diferenciais deste trabalho. “Estamos percebendo um engajamento cada vez maior das comunidades indígenas, o que reforça que estamos no caminho certo. Esse projeto não é apenas sobre turismo, mas sobre resgatar, valorizar e dar protagonismo à cultura indígena, sempre respeitando a forma como essas comunidades querem apresentar sua história e seu território ao mundo”, destaca Bolivar.

Entre as ações desenvolvidas nesta fase do projeto, foram identificados os potenciais turísticos de cada aldeia, estruturadas propostas de roteiros e planejadas melhorias para a infraestrutura de recepção aos visitantes. O protagonismo dos indígenas no processo é uma marca essencial do projeto, garantindo que a gestão e operação do turismo sejam conduzidas pelas próprias comunidades, de acordo com suas tradições e interesses.

A parceria com o Sebrae/MS tem sido essencial para a qualificação das comunidades e para a implementação das estratégias de desenvolvimento do etnoturismo. O suporte técnico oferecido por meio de consultorias especializadas tem possibilitado um planejamento estruturado, que assegura a sustentabilidade do projeto e prepara as comunidades para gerir suas atividades turísticas de forma eficiente e autônoma.

Com um cenário cada vez mais promissor, a construção do turismo de base comunitária em Nioaque se fortalece como um modelo de referência para o estado e para o Brasil. Este trabalho representa mais do que uma alternativa econômica para as comunidades indígenas – ele é a materialização de um sonho coletivo, onde cultura, identidade e sustentabilidade caminham lado a lado para transformar o turismo em uma ferramenta de desenvolvimento e empoderamento.

Fonte: Consultoria Sebrae MS / Fotos: Bolivar Porto / Fundtur/MS

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