Robô explorador japonês retoma operações na superfície da Lua

Foto: Reprodução/X
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O robô de exploração do Japão, Moon Sniper, voltou à ação, conforme disse a agência espacial do país nesta segunda-feira (29), após um problema de energia forçar o desligamento da espaçonave ao pousar na Lua, há 10 dias.

O explorador executou um pouso preciso em 19 de janeiro, tornando o Japão apenas o quinto país a colocar uma nave espacial em segurança na superfície lunar, mas enfrentou um problema crítico quase imediatamente.

A espaçonave pousou na direção errada depois que um de seus motores falhou durante o pouso. Isso significa que suas células solares não conseguiram gerar eletricidade e ela teve que depender de energia limitada da bateria, conforme a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (Jaxa).

A agência desligou o explorador lunar para conservar a bateria, dizendo que ele seria reiniciado automaticamente se o painel solar começasse a gerar energia à medida que o ângulo da lua mudasse.

Nesta segunda-feira (29), a Jaxa anunciou no Twitter que “conseguiu estabelecer comunicação com (Smart Lander for Investigating Moon, ou SLIM) na noite passada e retomou as operações!”

De acordo com as últimas informações noticiadas pela agência Brasil, o explorador também captou novas imagens da superfície lunar, acrescentou.

Sua missão pode ser considerada pelo menos um “sucesso mínimo” porque conseguiu um pouso lunar preciso e suave usando navegação óptica, disse a agência. Agora, o Japão planeja usar a sonda para coletar informações sem precedentes sobre uma região da lua chamada Mar do Néctar.

A espaçonave pousou perto de uma cratera chamada Shioli, um nome feminino japonês pronunciado “she-oh-lee”, que fica a cerca de 300 quilômetros ao sul do Mar da Tranquilidade, a região perto de onde a Apollo 11 pousou com os primeiros astronautas que forma à Lua.

Várias agências espaciais e países tentaram missões de pouso na Lua no ano passado, levando a uma estreia histórica, bem como a alguns fracassos.

A Índia tornou-se o quarto país, depois dos Estados Unidos, da antiga União Soviética e da China, a executar uma aterrizagem controlada na Lua quando a sua missão Chandrayaan-3 chegou perto do polo sul lunar em agosto.

A nova corrida espacial lunar é parcialmente impulsionada pelo desejo dos países de chegar à água retida como gelo em regiões que não recebem luz solar no polo sul lunar. Essa água poderia ser usada à medida que a humanidade ultrapassa os limites da exploração espacial no futuro.

Com informações de Jacopo Prisco, Ashley Strickland e Jackie Wattles 
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