Com dólar em alta, milho registra avanço na B3 mesmo com safra em andamento

Foto: Reprodução Semadesc
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Cotação se recupera após quedas recentes e reflete movimento cambial e expectativa climática

Os contratos futuros do milho encerraram esta segunda-feira (26) com valorização na B3 (Bolsa Brasileira), impulsionados pela leve alta do dólar e por ajustes técnicos após as baixas anteriores. Os principais vencimentos fecharam com ganhos entre 0,5% e 1,4%. O contrato de julho alcançou R$ 63,64 por saca, o de setembro subiu para R$ 64,96 e o de janeiro avançou para R$ 71,28.

O dólar também teve leve valorização, encerrando o dia cotado a R$ 5,68 — alta de 0,52% frente ao real — fator que contribuiu para o movimento positivo nas cotações do milho, já que melhora a competitividade do produto brasileiro no mercado externo.

Segundo a Agrinvest Commodities, os futuros do milho acompanham o câmbio e operam com baixa liquidez nesta abertura de semana, reflexo do feriado do Memorial Day, que manteve a Bolsa de Chicago (CBOT) fechada nesta segunda.

No mercado físico, a colheita da segunda safra começou a ganhar ritmo, sobretudo em Mato Grosso e Paraná, conforme dados divulgados pela AgRural. Até o momento, 0,9% da área cultivada já foi colhida — ritmo inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando o índice chegava a 2%.

No Centro-Oeste, as atenções se voltam à intensificação da colheita, enquanto no Sul a previsão é de queda brusca nas temperaturas a partir de quinta-feira. No entanto, os modelos meteorológicos apontam risco limitado de geadas generalizadas, com possibilidade apenas em áreas de baixada.

De acordo com análise do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o maior volume de cereal disponível no mercado spot tem pressionado os preços. “Do lado da demanda, compradores seguem cautelosos e aguardam novas quedas, apoiados nas estimativas de uma safra robusta”, destaca a instituição.

Sem a referência internacional de Chicago, os agentes de mercado seguem atentos às condições climáticas no cinturão agrícola dos Estados Unidos, especialmente diante de previsões que indicam possível redução na área plantada com milho — fator que pode influenciar os preços internacionais nas próximas semanas.

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