O mercado financeiro nacional enfrentou mais um dia de intensa agitação, com o dólar alcançando seu pico em 13 meses, encerrando as negociações desta terça-feira (16) cotado a R$ 5,27. Este aumento de R$ 0,08 (+1,64%) em relação ao último fechamento ressalta a quinta alta consecutiva da moeda norte-americana, provocando apreensão entre investidores.
A volatilidade não poupou a bolsa de valores, que registrou sua quinta queda consecutiva. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.389 pontos, marcando uma queda de 0,75% e alcançando seu nível mais baixo desde novembro do ano anterior.
Pressões Internas e Externas Contribuem para o Clima de Insegurança
O mercado financeiro foi influenciado por uma combinação de fatores domésticos e internacionais. Internamente, a mudança da meta fiscal para 2025, com a manutenção do déficit primário zero em vez do superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano, gerou desconfiança entre os investidores.
Contudo, foram as questões externas que predominaram na geração de instabilidade. O aumento das tensões entre Irã e Israel, somado ao robustecimento da economia norte-americana, impulsionou uma valorização do dólar globalmente. As recentes declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, também adicionaram incerteza, com sua observação de que os dados recentes de inflação diminuem a confiança em futuros cortes nas taxas de juros.
Reflexos na Economia Brasileira
Taxas de juros mais elevadas em economias avançadas historicamente incentivam a fuga de capitais de nações emergentes, como o Brasil. Além disso, mesmo diante do bombardeio iraniano a Israel, o preço do petróleo do tipo Brent, utilizado nas negociações internacionais, registrou uma queda de 0,43%, atingindo US$ 89,99 por barril.
Diante desse cenário, investidores e analistas permanecem vigilantes, buscando estratégias para lidar com a volatilidade tanto local quanto global, enquanto aguardam por possíveis desdobramentos nos próximos dias.
Por: Redação Mato Grosso do Sul-Notícias *com informações da Reuters
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