Fazenda prepara revisão de crescimento do PIB para cima de 2,5%, afirma Haddad

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (12) que o Ministério da Fazenda está prestes a elevar sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, atualmente estimada em 2,5%. Haddad fez essa declaração durante sua participação virtual em um evento promovido pela Warren Investimentos, realizado em São Paulo.

Haddad destacou o desempenho positivo da economia ao longo de 2024, sugerindo que uma revisão da projeção de crescimento é iminente. “Estamos observando um crescimento econômico sólido este ano e, em breve, devemos ajustar nossa projeção de crescimento para um patamar superior aos 2,5% previstos inicialmente pela Secretaria de Política Econômica”, afirmou.

O ministro já havia sinalizado em declarações anteriores que a revisão da projeção do PIB seria necessária, mas o ministério optou por manter a estimativa de 2,5% ao atualizar seus parâmetros macroeconômicos no mês passado. Na época, Haddad ressaltou que, apesar dos dados econômicos favoráveis, pediu cautela à equipe técnica antes de fazer qualquer alteração.

Enquanto isso, o relatório Focus do Banco Central, que compila as expectativas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos, prevê um crescimento de 2,2% para o PIB em 2024.

Durante o evento, Haddad também fez um balanço das ações do governo Lula na área econômica, enfatizando a importância do equilíbrio fiscal. “O Congresso tem nos dado suporte para aprovar quase todas as medidas necessárias para restabelecer o equilíbrio fiscal”, disse o ministro, referindo-se às iniciativas aprovadas durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Haddad destacou que, embora muitas medidas tenham sido implementadas, a reoneração da folha de pagamento ainda não foi concretizada.

O ministro enfatizou a necessidade de superar a dinâmica dos últimos anos, caracterizada por altos gastos, baixa arrecadação e crescimento econômico insuficiente. Em relação à receita, Haddad assegurou que o governo não está aumentando impostos para quem já contribui nem criando novos tributos. Ele também destacou que as despesas estão sendo controladas conforme o novo arcabouço fiscal.

Haddad mencionou ainda o desafio de recompor a receita perdida devido à desoneração e ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que foi prorrogado pelo Congresso até 2026 com um limite de renúncia fiscal.

Por fim, o ministro voltou a defender a reforma tributária, que está em fase de regulamentação. “Após 40 anos de espera, nosso sistema tributário finalmente estará entre os melhores do mundo”, afirmou Haddad. Ele acrescentou que a reforma terá um impacto significativo na economia, especialmente no aumento da produtividade.

Edição: Mato Grosso do Sul-Notícias * com informações da Reuters

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