Mercados em todo o mundo esperam por decisão de juros nos EUA
O dólar voltou a bater máximas desde o início de 2023 e o Ibovespa encerrou sem grandes variações nesta segunda-feira (10), com mercados à espera de dados da inflação no Brasil e expectativa pelos juros nos Estados Unidos.
Além do cenário global, ruídos sobre a política fiscal do governo federal que impactaram os índices no fim da semana passada seguiram no radar dos analistas.
O principal índice do mercado doméstico encerrou a sessão com queda de 0,01%, aos 120.759 pontos, em dia de alta de commodities com avanços da Petrobras e Vale, mas barrado pelo clima de cautela global.
O cenário de expectativas deu novo fôlego ao dólar, que fechou com avanço de 0,6%, negociado a R$ 5,356 na venda, renovando as máximas desde o início do governo Lula, em janeiro do ano passado.
O Federal Reserve (Fed) publica na quarta-feira (12) os próximos passos da sua política monetária, com expectativa de manutenção das taxas atuais entre 5,25% e 5,5%.
Mais que o número, o mercado espera por sinais do início do ciclo de corte de juros após dados da semana passada mostrarem que a economia segue aquecida.
Conforme noticiado pela CNN São Paulo, também na quarta, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgará dados de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), com expectativa de analistas consultados pela Reuters de desaceleração em direção a uma alta de 0,1% ao mês, ante o ganho de 0,3% em abril.
Inflação no Brasil
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio será divulgado nesta terça-feira (11), com analistas ouvidos pela Reuters esperando uma leve aceleração na base mensal, com alta de 0,42%, de 0,38% em abril.
Pesquisa Focus nesta segunda-feira mostrou novo aumento na projeção para o IPCA ao fim deste ano e do próximo, mas sem mudar a expectativa sobre a taxa Selic neste ano.
Para 2024, alta estimada agora é de 3,90%, ante 3,88% na semana anterior. Para 2025, a projeção passou de 3,77% para 3,78%.
Houve também aumento também na expectativa para a taxa de câmbio ao fim do próximo ano, com o dólar fechando 2025 em R$ 5,09, ante R$ 5,05 na semana passada.