Intenção de Consumo em Campo Grande registra leve declínio em abril

Foto: Reprodução Internet
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Após meses de oscilação positiva, a intenção de consumo dos moradores de Campo Grande apresentou uma ligeira queda em abril, de acordo com dados recentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-MS). Este recuo reflete uma combinação de fatores econômicos e expectativas moderadas quanto à estabilidade financeira futura.

Segundo o índice mensal medido pela Fecomércio-MS, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) diminuiu 1,2% em relação ao mês anterior, marcando um índice de 89,4 pontos. Embora o indicador permaneça abaixo da zona de satisfação (100 pontos), ele sinaliza uma cautela por parte dos consumidores em meio a um ambiente de incertezas econômicas.

Especialistas apontam que a inflação persistente, especialmente nos setores de alimentos e energia, tem impactado significativamente o poder de compra dos campo-grandenses. Além disso, o ajuste nas taxas de juros, elevadas pelo Banco Central nos últimos trimestres, vem dificultando o acesso ao crédito e influenciando na decisão de adiar compras de maior valor.

“A população está mais calculista, e isso se reflete diretamente nas suas escolhas de consumo. Há uma preferência por acumular reservas ao invés de gastar, principalmente por conta da instabilidade nos preços e o futuro econômico incerto”, comenta Ana Luíza Soares, economista-chefe da Fecomércio-MS.

Entre os componentes do índice, o que mais influenciou a queda foi o subíndice de “Perspectiva Profissional”, com uma diminuição de 2,8 pontos percentuais, sinalizando preocupações quanto à estabilidade no emprego. Outro aspecto destacado foi a redução na confiança dos consumidores em relação à sua capacidade de consumo futuro.

Por outro lado, ainda há sinais de resiliência em alguns setores. O subíndice de “Compra a Prazo” teve um aumento de 0,5 pontos, o que pode indicar uma adaptação dos consumidores às novas condições de crédito e uma possível recuperação gradual do otimismo em longo prazo.

“Embora haja uma retração geral, acreditamos em uma recuperação moderada nos próximos meses, dependendo principalmente de melhorias no cenário de inflação e estabilidade econômica”, acrescenta Soares.

Os dados da Fecomércio-MS são um termômetro essencial para comerciantes locais e planejadores urbanos, oferecendo insights valiosos sobre o comportamento do consumidor e ajudando a moldar estratégias de mercado mais eficazes para enfrentar os desafios econômicos em Campo Grande.

Confira a pesquisa na íntegra:

Por: Redação Mato Grosso do Sul-Notícias *com informações da Fecomércio/MS

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