Em Campo Grande ficou em R$ 6,90, e na integração, em R$ 5,55.
Nesta semana, o mercado de carne suína no Brasil registrou estabilidade nos preços, tanto para o quilo vivo quanto para os principais cortes no atacado. Allan Maia, analista da Safras & Mercado, destacou que, embora tenha havido uma alta nos preços, o movimento de valorização está perdendo força.
Maia explicou que as negociações para o suíno vivo ocorreram de forma regular, mas os frigoríficos demonstraram cautela, antecipando uma possível dificuldade na comercialização no atacado. Essa previsão é atribuída à redução do consumo final, influenciada pela diminuição da capacidade de compra das famílias. “As dificuldades no escoamento da carne no atacado podem se intensificar, dado o cenário de descapitalização das famílias”, alertou o analista.
De acordo com as últimas informações noticiadas no Portal do Agronegócio, outro ponto de preocupação para o mercado suinícola é a queda nos preços dos cortes bovinos e o possível impacto das restrições nas exportações de frango, decorrentes de um surto de Newcastle no Rio Grande do Sul. Esses fatores podem complicar ainda mais o cenário para a carne suína, segundo Maia.
Apesar desses desafios, os suinocultores mantêm uma oferta equilibrada de animais e buscam sustentar os preços atuais. Além disso, o dólar mais valorizado pode beneficiar as exportações do setor. “O dólar com quadro de estresse é um fator favorável para as exportações do setor”, observou Maia.
Análise dos Preços
De acordo com a Safras & Mercado, o preço médio do quilo do suíno vivo no Brasil teve uma leve alta de 0,39% nesta semana, fechando em R$ 6,86. No atacado, o preço do pernil subiu de R$ 12,41 para R$ 12,51 (+0,81%), enquanto a média da carcaça aumentou 0,87%, alcançando R$ 11,61.
Em São Paulo, a arroba suína subiu de R$ 148,00 para R$ 149,00. No Rio Grande do Sul, o preço do quilo vivo permaneceu estável em R$ 5,60 na integração, mas aumentou de R$ 7,15 para R$ 7,25 no interior do estado. Em Santa Catarina, os preços ficaram inalterados em R$ 5,65 na integração e subiram de R$ 7,25 para R$ 7,30 no interior. No Paraná, os preços se mantiveram estáveis a R$ 7,40 no mercado livre e a R$ 5,35 na integração.
Em outras regiões, como Mato Grosso do Sul, o preço em Campo Grande ficou em R$ 6,90, e na integração, em R$ 5,55. Em Goiânia, houve um aumento de R$ 7,40 para R$ 7,50. Em Minas Gerais, o preço no interior continuou em R$ 7,90, subindo de R$ 7,90 para R$ 8,00 no mercado independente. Em Mato Grosso, o quilo vivo em Rondonópolis ficou em R$ 6,95, com o preço na integração do estado em R$ 5,50.
Desempenho das Exportações
As exportações brasileiras de carne suína “in natura” em julho totalizaram US$ 198,636 milhões, com uma média diária de US$ 13,242 milhões. Foram exportadas 82,280 mil toneladas, com uma média diária de 5,485 mil toneladas e um preço médio de US$ 2.414,20 por tonelada.
Em comparação com julho de 2023, houve um aumento de 19,3% no valor médio diário das exportações e um crescimento de 22,6% na quantidade média diária exportada. No entanto, o preço médio sofreu uma retração de 2,6%. Esses dados foram fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior.
O mercado de carne suína segue monitorando esses indicadores, com expectativas cautelosas devido às condições econômicas internas e às dinâmicas do mercado internacional.