Técnico em Informática formado pelo Campus Campo Grande, jovem de 22 anos já trabalhou até para uma empresa da Holanda
O rosto sorridente de Raphael Viana, 22, técnico em Informática formado pelo Campus Grande do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), traduz a satisfação de quem soube aproveitar as oportunidades oferecidas pelos cursos técnicos integrados ao ensino médio da instituição.
Fazendo ‘freelas’ antes mesmo de se formar, como estudante atuou em projetos que ele mesmo classifica como “impactantes” e desenvolveu habilidades que o levaram a trabalhar fora do país e a montar sua própria empresa.
“No IFMS, tive oportunidade de colocar em prática e fazer realmente projetos impactantes. O lado acadêmico também foi algo que, das experiências vividas, adorei experimentar”, avalia Raphael.
A jornada de Raphael no IFMS começou após a aprovação no Exame de Seleção, em 2018. O contato com os professores, as metodologias de ensino e a vivência acadêmica o ajudaram a se constituir pessoalmente e profissionalmente. O jovem é um exemplo de como a formação nos cursos técnicos integrados muda para melhor a vida das pessoas. Apaixonado pela área de desenvolvimento, ele se preparou para o mundo de trabalho e ainda se engajou em diversos eventos científicos.
“No IFMS, tive oportunidade de colocar em prática e fazer realmente projetos impactantes. O lado acadêmico também foi algo que, das experiências vividas, adorei experimentar”, avalia Raphael.
Dentre os trabalhos desenvolvidos, ele destaca dois:
FalaIF – Sistema de comunicados on-line com painel de controle web e uma plataforma mobile.
IVO – Software para informatizar dados de pacientes com anemia falciforme. O projeto rendeu um artigo e foi registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Quando era estudante do IFMS, Raphael fazia questão de participar de eventos científicos – Foto: Arquivo Pessoal
“Projetos, artigos e feiras científicas sempre me ajudaram muito na questão de conexão com pessoas, e eu acho que esse é o diferencial do IFMS, as conexões e oportunidades que surgem no caminho”, pontua o jovem empreendedor.
Raphael conta que participou de diversos eventos científicos e que todos foram “experiências únicas” de crescimento, destacando a Mostra de Trabalhos, Tecnologias e Inovações Científicas da Educação Física (Moticef) em 2018, a Feira de Ciência e Tecnologia de Campo Grande (Fecintec) em 2019 e 2020, e a Feira de Ciência e Tecnologia sobre Atividade física e Saúde (Fecintafs) em 2019.
“Projetos, artigos e feiras científicas sempre me ajudaram muito na questão de conexão com pessoas, e eu acho que esse é o diferencial do IFMS, as conexões e oportunidades que surgem no caminho”, pontua.
Raphael atuou como freelancer – profissional que faz trabalhos temporários – até se formar. Depois, buscou oportunidades no mundo do trabalho, até que se deparou com uma vaga que exigia do profissional ter uma empresa própria.
“Nunca tive espírito empreendedor, mas ao mesmo tempo sempre executei as funções de um. Como freelancer, tinha muito contato com o cliente final, então logo aprendi a como fazer negócios e a como perder negócios. Em 2022, quando já trabalhava, recebi uma proposta onde o regime era PJ [Pessoa Jurídica], e precisei abrir uma empresa para me qualificar para a vaga. No meio do processo, decidi fazer desta empresa um negócio para além da vaga específica, idealizando a marca, logo e conceito, por exemplo”, relembra.
Com a empresa aberta e bons contatos, Raphael tentou seu primeiro “voo internacional”, mas havia uma pandemia no meio do caminho.
“Em 2023, trabalhei para uma empresa da Holanda e, ao entregar a demanda, me ofereceram uma visita à sede, em Amsterdã, onde conheci os companheiros de equipe e tive minha primeira experiência de viagem internacional”, celebra o egresso do IFMS.
“Ao longo da minha carreira, conheci diversos outros desenvolvedores ao redor do mundo, e também fiz muitos amigos. Em fevereiro de 2020, recebi a proposta de um amigo para fazer parte de uma startup que estava sendo formada, com o apoio da Microsoft, no Canadá. Porém, com a pandemia, a negociação
ficou insustentável e com muitas barreiras para que eu pudesse ir para o Canadá”, lamenta.
No entanto, alguns anos mais tarde, a oportunidade apareceu novamente, e Raphael foi para fora do país.
“No começo de 2023, recebi por meio do mesmo contato outra oportunidade, desta vez para uma empresa com sede na Holanda. Aceitei a proposta, trabalhei na finalização de um projeto em andamento e, ao entregar a demanda, a empresa me ofereceu uma visita à sede, em Amsterdã, onde pude conhecer companheiros de equipe pessoalmente e ter minha primeira experiência de viagem internacional”, celebra o egresso do IFMS.
- A empresa aberta por Raphael atua no mercado de criptomoedas e WEB3 – Foto: Arquivo Pessoal
Empreendedorismo – Com a empresa montada, atualmente Raphael atua no mercado de criptomoedas e WEB3, campo ainda em desenvolvimento e cheio de desafios.
“O aprendizado que tive no IFMS sobre abraçar oportunidades e realmente vestir a camisa foi essencial para a minha formação como profissional. Sem sombra de dúvidas, o Instituto Federal foi extremamente importante para meu ingresso no mercado de trabalho”, finaliza.
“Creio ser importante estar atualizado sobre as tecnologias, e por ser uma área relativamente nova e pouco explorada, documentações e informações são um pouco mais escassas. Sobre recompensas, sempre na conclusão de um projeto ou resolução de um problema ao longo do desenvolvimento ou implementação, a sensação de conseguir vencer o obstáculo é totalmente recompensadora”, ressalta.
Sobre o papel do IFMS em sua trajetória profissional, Raphael o considera peça fundamental.
“O aprendizado que tive no IFMS sobre abraçar oportunidades e realmente vestir a camisa foi essencial para a minha formação como profissional. Sem sombra de dúvidas, o Instituto Federal foi extremamente importante para meu ingresso no mercado de trabalho”, finaliza.
Fonte: IFMS – Por: Paulo Ricardo Gomes