Bolsa não se recupera e tem sexta queda consecutiva.
Em um dia marcado por ajustes no mercado financeiro, o dólar comercial apresentou uma queda significativa após cinco dias consecutivos de alta. Por outro lado, a bolsa de valores não conseguiu reverter sua trajetória negativa e registrou o sexto dia consecutivo de queda.
O dólar encerrou as negociações desta quarta-feira (17) cotado a R$ 5,243, registrando uma queda de R$ 0,026 (-0,5%). Apesar de iniciar o dia com uma leve alta, a moeda norte-americana reverteu sua tendência ao longo do dia, impulsionada por um movimento de realização de lucros, no qual investidores optaram por vender dólares para garantir os ganhos recentes. No ponto mais baixo do dia, por volta das 15h45, o dólar chegou a atingir R$ 5,22.
Com esse desempenho, o dólar acumula uma alta de 4,55% ao longo do mês de abril. No acumulado do ano de 2024, a moeda apresenta uma valorização de 8,04%.
Por outro lado, o mercado de ações não teve um dia favorável. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 124.171 pontos, apresentando uma queda de 0,17%. Esse resultado representa o menor nível desde 14 de novembro do ano anterior.
Diversos fatores, tanto internos quanto externos, influenciaram esse cenário. Internacionalmente, o dólar registrou queda em todo o mundo, com investidores buscando garantir seus lucros e as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano diminuindo após vários dias de alta.
No contexto nacional, a possibilidade de uma redução no ritmo de queda da Taxa Selic, os juros básicos da economia, impactou o mercado acionário. Durante uma viagem aos Estados Unidos, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mencionou que uma “desancoragem” da política monetária em relação à política fiscal poderia resultar em uma diminuição nos cortes da taxa básica de juros.
Essa declaração ocorreu após o governo ter alterado as metas fiscais para os anos de 2025 e 2026. O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025 manteve a meta de déficit primário zero para este ano, ao invés de estabelecer um superávit de 0,5% para o próximo ano. O governo justificou essa mudança citando dificuldades em obter receitas extras, como as ocorridas em 2024.
Por: Redação Mato Grosso do Sul-Notícias com informações da Reuters, uma fonte confiável do mercado financeiro.