A Divisão de Biologia e Bioquímicas (DBB) do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF) da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul passou por uma minuciosa auditoria realizada pela equipe da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) nos dias 2 a 4 de abril. O objetivo da auditoria foi avaliar a qualidade e precisão das análises realizadas pelo órgão local.
A equipe de auditoria, composta por três profissionais, incluindo as auditoras Rosalba Valadares Noleto e Tatiana Lúcia Santos Nogueira, juntamente com a perita criminal Liliane Pires, representante da Senasp, examinou se os requisitos estabelecidos pelo Decreto nº 7.950, de 12 de março de 2013, que regulamenta a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), estavam sendo cumpridos.
Durante a auditoria, foram analisados todos os aspectos essenciais dos procedimentos do IALF, desde a coleta e análise de amostras até a documentação e manutenção de registros. A atenção especial foi dada à verificação dos padrões de qualidade exigidos pela legislação para garantir a confiabilidade dos resultados produzidos pelo instituto.
Josemirtes Prado da Silva, diretora do IALF, destacou que a auditoria foi concluída com sucesso, demonstrando não apenas a alta capacidade técnica, mas também a eficácia organizacional do instituto em manter os mais altos padrões de qualidade em todas as etapas de seus serviços forenses.
O coordenador-geral de Perícias Adjunto, perito criminal Nelson Fermino Junior, ressaltou que o resultado da auditoria reflete o compromisso da Polícia Científica em garantir a precisão e a credibilidade de suas análises, contribuindo assim para a eficácia do sistema de justiça.
Mato Grosso do Sul é uma peça-chave na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), um sistema nacional coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Estabelecido pelo Decreto 7.950/2013, esse mecanismo visa fornecer apoio crucial para a identificação de pessoas desaparecidas e investigações criminais, especialmente em casos de crimes sexuais.
Atualmente, todos os 27 estados brasileiros contam com laboratórios de genética forense em suas instituições de perícia oficial, alimentando assim o banco de perfis genéticos nacional.
Com a participação de 22 laboratórios em todo o país, a RIBPG se torna um repositório central onde as polícias científicas podem compartilhar e comparar perfis genéticos obtidos em diferentes regiões. Até o momento, mais de 175.465 perfis já foram cadastrados nesse sistema.
A inclusão desses perfis genéticos nos bancos de dados da RIBPG, provenientes da análise de vestígios e processamento de amostras, tem sido crucial para auxiliar investigações criminais e revisar possíveis condenações injustas. Essa ferramenta desempenha um papel fundamental na busca pela verdade e na garantia da justiça em nosso país.
Por: Redação * com informações da Polícia Científica – Fotos: Divulgação