Mato Grosso do Sul está enfrentando um desafio significativo no campo da saúde pública, conforme revelado pelo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quinta-feira (11). Os números mais recentes apontam para uma escalada alarmante de casos de Dengue e Chikungunya, exigindo a atenção imediata das autoridades e da população.
No que diz respeito à Dengue, os dados mostram um total de 13.285 casos prováveis, dos quais 5.049 foram confirmados. Esses números são preocupantes, especialmente quando se considera que 12 óbitos já foram confirmados devido à doença, com outros 11 em fase de investigação. A disseminação da Dengue está atingindo vários municípios, com destaque para Coronel Sapucaia, Juti, Laguna Carapã, Antônio João, Mundo Novo, Paraíso das Águas, Selvíria, Naviraí, Itaquiraí e Jardim, que estão enfrentando uma alta incidência da doença.
A gravidade da situação é ainda mais evidente ao examinarmos os locais onde ocorreram os óbitos relacionados à Dengue, incluindo Maracaju, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Laguna Carapã, Naviraí, Sete Quedas, Amambai, Paranhos e Ponta Porã. É preocupante notar que cinco das vítimas possuíam algum tipo de comorbidade, ressaltando a vulnerabilidade de certos grupos.
Em meio a essa crise de saúde, a vacinação emerge como uma ferramenta crucial na luta contra a Dengue. Até o momento, foram aplicadas 36.408 doses da vacina no estado, que recebeu um total de 73.344 doses do Ministério da Saúde. O esquema vacinal requer duas doses, com um intervalo de três meses entre elas, sendo recomendado para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, uma vez que essa faixa etária apresenta maior risco de hospitalização devido à Dengue.
Além da Dengue, a Chikungunya também representa uma ameaça, com 3.859 casos prováveis registrados, dos quais 283 foram confirmados. Embora não tenham sido relatados óbitos relacionados à Chikungunya até o momento, é crucial monitorar de perto a disseminação dessa doença. Os municípios mais afetados por ela incluem Juti, Antônio João, Paraíso das Águas e Jardim.
Diante desse cenário desafiador, é fundamental enfatizar a importância de evitar a automedicação. Em caso de sintomas suspeitos de Dengue ou Chikungunya, é essencial buscar assistência médica em uma unidade de saúde do município. O combate a essas doenças requer uma abordagem multifacetada, que inclui prevenção, cuidados médicos adequados e esforços coordenados de controle de vetores.
Por: Redação Mato Grosso do Sul-Notícias * com informações da SES/MS