Testículos criados em laboratório ajudam no combate à infertilidade

Mecanismo desenvolvido em Israel visa aumentar o conhecimento médico e científico sobre o problema.

Pesquisadores da Universidade Bar-Ilan, em Israel, criaram organoides testiculares (essa é a palavra para um único testículo) cultivados em laboratório que se assemelham muito a testículos reais.

A descoberta proporciona um modelo promissor de investigação que pode avançar a compreensão do desenvolvimento dos órgãos e traduzir-se em aplicações terapêuticas para a infertilidade masculina.

“Os testículos artificiais são um modelo promissor para a investigação básica sobre o desenvolvimento e função dos testículos, que pode ser traduzido em aplicações terapêuticas para distúrbios do desenvolvimento sexual e infertilidade”, disse o autor do estudo, Nitzan Gonen.

Conforme noticiado pela CNN Brasil, os pesquisadores começaram tentando desenvolver testículos de camundongos neonatais, em vez de embrionários.

Os ratos utilizados no estudo foram geneticamente modificados para permitir aos pesquisadores rastrear a presença e o estado das células de Sertoli, que são essenciais para a formação dos testículos e para a produção e desenvolvimento dos espermatozoides.

A infertilidade masculina é, atualmente, uma condição sobre a qual pouco se sabe sobre os mecanismos genéticos que podem provocar.

A grande semelhança dos organoides com os testículos reais significa que eles podem ser usados ​​para avançar no conhecimento dos mecanismos envolvidos na determinação do sexo e fornecer soluções para a infertilidade masculina.

Por isso, no futuro, os pesquisadores já planejam produzir organoides a partir de amostras humanas.

Um organoide testicular produzido a partir de células humanas poderia, por exemplo, ajudar crianças em tratamento de câncer, o que pode prejudicar sua capacidade de produzir espermatozoides funcionais.

Eles prevêem a colheita de espermatozoides imaturos que são congelados e posteriormente usados ​​para criar um organoide fértil produtor de esperma.

Por: Pedro Jordão

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