Turismo no Pantanal segue imponente e injeta milhões na economia de Mato Grosso do Sul

Milhares de turistas do mundo inteiro visitam o Estado para conhecer o Pantanal sul-mato-grossense.

O ecoturismo no Pantanal de Mato Grosso do Sul continua a florescer, mantendo-se como um polo de atração para viajantes de todo o mundo, mesmo enfrentando adversidades climáticas e ambientais.

A região, mundialmente conhecida por sua biodiversidade impressionante e paisagens exuberantes, segue operando com quase todas as suas pousadas, hotéis e barcos-hotéis em plena atividade, reforçando sua resiliência e apelo turístico.

Resiliência e desafios

Apesar da seca mais severa desde 1951 e dos incêndios que mobilizaram mais de 446 bombeiros militares desde 2 de abril deste ano, além de 82 militares da Força Nacional, 233 brigadistas do Ibama, 11 aeronaves e 39 veículos terrestres e aquáticos, muitas áreas turísticas do Pantanal Sul-mato-grossense permanecem ilesas. Cidades como Aquidauana e Miranda não registraram incidentes de incêndio florestal, permitindo que suas operações de turismo continuem sem interrupções.

Mesmo em Corumbá, onde se concentram a maioria dos focos de incêndio, a infraestrutura turística tem sido minimamente afetada. Bruno Wendling, presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS), destaca que o turismo de pesca e o ecoturismo na região da Serra do Amolar continuam sendo atividades altamente procuradas por visitantes nacionais e internacionais.

“A área próxima à cidade, onde se realiza a pesca esportiva com barcos-hotéis, permanece operacional. Esses barcos estão explorando cerca de 300 km do Rio Paraguai, dos quais 200 km não foram afetados pelo fogo ou pela fumaça,” afirma Wendling.

Ecoturismo e Sustentabilidade

A pesca esportiva e o ecoturismo na Serra do Amolar são as principais atrações para os turistas, oferecendo experiências autênticas de conexão com a natureza. O Pantanal de Mato Grosso do Sul não só proporciona aventuras únicas, mas também é um motor econômico significativo. Somente o setor de pesca em Corumbá gera aproximadamente 1.000 empregos durante a temporada, com uma infraestrutura robusta que inclui 19 barcos-hotéis, 2 barcos de passeio, 3 hotéis, uma concessionária e uma loja de equipamentos náuticos associada à Acert.

Ademilson Esquivel, vice-presidente da Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo, sublinha a importância de uma comunicação clara e responsável. “É essencial que os turistas compreendam a verdadeira extensão do Pantanal e a dimensão territorial de Corumbá. Nossa área de operação abrange 320 quilômetros de rio, e continuamos a receber visitantes sem grandes cancelamentos,” explica Esquivel.

Monitoramento contínuo

Embora o turismo na região tenha lidado com algumas reconfigurações logísticas, como ajustes de rotas para barcos-hotéis e alguns cancelamentos devido à fumaça, a ocupação da rede hoteleira para julho, um período de alta temporada, está projetada em cerca de 60%. A Fundtur-MS realiza monitoramentos diários para garantir que as informações sobre as condições atuais sejam precisas e distribuídas de maneira eficaz ao trade turístico nacional e internacional.

Wendling reforça a importância de buscar informações diretamente com os empreendimentos locais. “Encorajamos fortemente que operadores, agentes de viagens e turistas se comuniquem diretamente com pousadas, barcos-hotéis e hotéis para atualizações precisas. Evitem tomar decisões baseadas em informações de terceiros,” conclui.

Perspectivas e Sustentabilidade

O Pantanal de Mato Grosso do Sul continua a representar um destino essencial para o ecoturismo, combinando resiliência, sustentabilidade e uma experiência de turismo imersiva e enriquecedora. Em meio aos desafios climáticos, a região demonstra a capacidade de se adaptar e prosperar, mantendo seu status como um dos principais destinos de ecoturismo do mundo.

Para planejamento de viagens e informações atualizadas, recomenda-se o contato direto com os empreendimentos turísticos locais, assegurando uma experiência segura e inesquecível no coração do Pantanal.

Edição Sergio Quevêdo Filho * com informações da Secom/Gov/MS – * com Paulo Fernandes – Fotos:Fundtur, Bruno Rezende, VistMS